«Não são só os rendimentos do trabalho a pagar a crise», este apelo morar é feito... pelo Bispo Dom Januário, não pelo Bloco de Esquerda....
Em Portugal, o "Trabalho" perdeu 7% do rendimento em detrimento do "Capital" nos últimos anos, os da "Austeridade"... É um dado que indica opções políticas... Não é um dado que indica que "não há alternativa", pelo contrário: tendo dominuído o rendimento, o mínimo é que a repartição fosse equitativa... no mínimo...
A questão é que o dito "período de austeridade", em Portugal e noutros países, foi o
manto diáfano que permitiu criar um desequilíbrio, com um aumento do "bolo" a cair para o "capital" em detrimento do "trabalho", que perdeu 7% nesta distribuição. Negar esta discussão sob o pretexto, falso, de "não há alternativa" é negar a política! É falso. Apostar em "salários baixos", em "cortes de subsídios" e afins é uma escolha política... Tal como o foi nacionalizar o BPN e manter srs. como os ligados ao caso em liberdade...
As opções são muitas - impostos para escalões mais altos, taxação de património, criminalização eficaz de enriquecimento injustificado, taxação de transações bolsistas, penalização de transferências de capitais para off shores com regimes tributários e/ou leis de sigilo particularmente apontadas como não adequadas, limitação da ação das empresas de rating (quem as avalia?), controlo dos produtos derivados e limitação coordenada internacionalmente dos bens sobre os quais se pode operar especulativamente...
Todas estas são opções... POLITICAS... possíveis de ser implementadas, seja nacional, seja internacional... É por isso que a eleição de Hollande, a re-eleição de Obama e a derrota de Merkel pode bem mudar a tendência orientação de fundo...
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