2011-06-28

Afinal…

Afinal, e talvez com alguma surpresa, ainda há esperança… E há lideranças Europeias que afinal ainda revelam visão e compreendem que numa união económica e monetária, mesmo que “em curso” e “parcial” e “imperfeita”, o problema de um pode ser a ruina de todos… Sobretudo quando:

- num mundo em globalização contínua e acelerada, o peso da UE em termos da economia mundial e em termos do comércio mundial é decrescente há duas décadas e continuará a ser

- as tensões internas são grandes, com pressões étnicas, separatistas (Espanha, Bélgica, Reino Unido, Itália, Roménia,… e porque não na própria Alemanha…), xenófobas,… e crescente conflitualidade urbana…

- as tensões nas fronteiras do continente não são menores, seja no Magreb (a sul), seja nos Balcãs, seja na Turquia, seja em algumas das regiões ex-URSS) e com correntes migratórias sem controlo…. 

- o acesso a recurso primários (água potável, energia e bens alimentares) num quadro de elevados consumos per capita é escasso, e foi agravado pelo desmantelar ou excessivo subsidiar de parte do aparelho produtivo agrícola europeu (em nome da maior eficácia produtiva e do controlo de preços…) 

A visão de Sarkozy pode ser meramente financeira, mas a verdade é que no século XXI, nenhum país ou pequeno núcleo de países Europeus, por si, pode enfrentar esse processo com sucesso… Mais do que nunca, ou a Europa se une e avança junta, ou os 2500 anos de história Europeia sem uma única geração poder afirmar estar livre da guerra, voltarão a ser a realidade, sobrepondo-se a um projeto que tem meros 60 anos, mas que precisa ser alimentado, sob pena de ser já nesta geração que voltemos a ter guerra neste continente para além dos conflitos dos balcãs…

Homenagens…

Salvador Caetano foi um daqueles portugueses que fez a diferença. Quando o grupo que fundou emprega mais de 6 mil pessoas e factura 2,4 mil milhões de euros, impacta dezenas de milhar de pessoas direta e indiretamente. Ao nível humano revelou-se também um exemplo. Por isso mesmo a sua história merece ser conhecida, e esta nota de homenagem.

Deixamos ainda nota do laboratório de ideias, da Tese, da classificação como Reserva Mundial da Biosfera de Santana, na Madeira, e da eleição de um Brasileiro para a direção geral da FAO, num claro sinal dos tempos e da mudança de equilíbrios, económicos e financeiros, do mundo – sem prejuízo dos méritos do candidato, que parecem ser inatacáveis. Sinal dessas mudanças continua a ser o facebook, que terá chegado aos 750 milhões de utilizadores, enquanto a Google pretende fazer os radicais refletir

O que reflete alguma falta de capacidade para mudar… é a dimensão do Governo Sorriso … que afinal não é muito diferente dos anteriores…

2011-06-27

O perigo dos cortes cegos…

O risco de cortes “cegos” é real. Uma coisa é cortar em áreas não reprodutivas. Outra medir os cortes pela contabilidade simples de "dá prejuízo? Corte-se”! Isso passa-se em diversas áreas. Uma das mais críticas é a dos transportes. E, nestas, a questão dos Portos e Ferrovia são as mais críticas. Porquê? Porque em Portugal há duas áreas com potencial de crescimento crítico que dependem de transportes:

- turismo (importam sobretudo os aeroportos e a rede de transporte interno e urbano)

- carga (Portugal tem localização e potencial para ser Hub de entrada na Europa, para isso precisa de bons Portos (com boa operação a nível de tempos e custos competitivos) e de linhas férreas que rapidamente coloquem

Assim, fechar linhas na área do Douro (em áreas onde os carros não podem chegar com a mesma beleza), ou que ligam Beja – onde se acaba de abrir aeroporto! –, ou na zona do Oeste (a menos que a rodovia possa substituir com vantagem) revela-se um tiro no pé ao nível do turismo.

Fechar linhas que permitam o escoamento para Espanha, sobretudo a partir de Sines, Aveiro-Salamanca e Porto-Galiza, revela-se uma tiro no pé em termos dessa competitividade na área dos transportes e logística, sobretudo após grandes investimentos nos portos e nas plataformas logísticas! Não esquecer que o MAR é uma das áreas em que realmente podemos ser competitivos, e a ferrovia de carga é a extensão imprescindível a esse crescimento, mesmo que seja deficitária na operação – algo reversível a prazo, se investimentos forem devidamente enquadrados com a política portuária e a promoção de Portugal como “porta de entrada na UE” de transporte de carga marítima.

Por fim, e ao nível da mensagem do país, é também um tiro no pé: se nos queremos apresentar como país ambientalmente responsável e até exemplar, a troca da ferrovia pela rodovia, para mais onde as linhas já estão “rasgadas” não faz sentido. isto sem prejuízo de, em certos casos, os encerramentos fazerem sentido, por clara inadequação dos investimentos e custos de manutenção aos eventuais proveitos ao nível de serviço de populações, turismo e carga (há zonas onde, por exemplo, a rodovia já substituiu, de facto, a ferrovia).

Cortes cegos não têm sentido. O mero raciocínio contabilístico não faz sentido. É a diferença entre pensar como “contabilista” ou “merceeiro” ou pensar estrategicamente. É também a diferença entre pensar a gestão pública (que deve pensar no país como um todo. Não se pode sequer limitar a pensar o Estado, as contas públicas ou a empresa pública A ou B) ou e a gestão privada. Numa empresa poderia fazer sentido pensar: “esta área de negócio dá prejuízo? Corta-se”. No Estado esse raciocínio, por si, não serve. A educação, por exemplo, é deficitária. Se olharmos o curto prazo…. E mesmo numa empresa este raciocínio não serve: as áreas comerciais, a de I&D, ou a de marketing de uma empresa, na maioria dos casos - , são deficitárias, mas sem elas não há vendas, não há produtos inovadores e melhorias de produtividade e processos, ou não se acedem a dados mercados, por exemplo. Pensemos em empresas portuguesas. Pensemos em empresas na área dos vinhos ou da cosmética. E outras nas áreas dos equipamentos ou dos softwares. Para a empresa dos vinhos ou da cosmética, vender na “Harrods” pode ser decisiva. Até pode oferecer essas garrafas e … perder dinheiro. Mas no momento em que chegue a qualquer outro potencial cliente de qualquer parte do mundo, e diga que é fornecedor da Harrods, não só é recebido, como se arrisca a ser aceite como fornecedor como até pode vender mais caro o seu produto… Criou um posicionamento! Esse o valor de ter o seu produto no Harrods… que compensa largamente o valor perdido na venda para a Harrods. O caso das empresas de equipamentos e softwares tem o mesmo tipo de raciocínio. Se a Critical Software não tivesse conseguido fornecer a NASA nunca seria o que é hoje. Mesmo que tenha perdido dinheiro na operação NASA, isso seria irrelevante. A NASA foi a “linha” que abriu o “caminho” para um dado posicionamento e para a lançar como fornecedor a um dado nível, de um certo tipo de produtos e serviços. O paralelo com a ferrovia como extensão dos portos é óbvio: pensando Portugal como um todo – e não meramente na CP ou na REFER – esse posicionamento é crítico para poder capitalizar o potencial marítimo, uma das chaves para Portugal. Conseguir diferenciar o “despesismo” do investimento estratégico é crítico para Portugal, tal como a coerência das políticas (aposta na rodovia vs. ideia de país ambientalmente preocupado?). E há muitas despesas que são de facto não reprodutivas – como muitos dos Kms de auto-estrada, incentivos a bens não transacionáveis, etc. Infelizmente nem sempre conseguimos como país fazer esta distinção…

Em suma: primeiro decidam quais as áreas estratégicas para Portugal. Pensem-se os meios e recursos necessários. E depois corte-se no resto… e invista-se no que for importante para essas áreas.

2011-06-22

Portugueses abandonam…

“Cerca de três em cada dez portugueses mostram-se dispostos a procurar melhor emprego noutro país. Esta tendência acentua-se sobretudo junto dos mais jovens e com formação superior.” lê-se neste artigo, que merece atenta reflexão sobre o nosso futuro colectivo… e noutro se conclui: “Destes, 54 por cento tem entre os 30 e os 39 anos e 42 por cento tem formação superior”. 23 mil já emigraram

Também a emigração de luxo de André Vilas Boas deve fazer refletir sobre o conflito entre valores monetários e éticos. Decisão legítima do ponto de vista legal e contatual, muito duvidosa do ponto de vista ética. Creio que o que perdemos, como país, pelo exemplo de desrespeito de palavra dada, pela sensação de engano gerada em milhares de pessoas, merece atenta reflexão ética. É um mau exemplo, de sobreposição dos monetários sobre os éticos, e são estes episódios que fazem as pessoas deixar de acreditar nos seus líderes, e por isso não deve ser celebrada, mesmo sendo mais um caso de sucesso em termos de geração valor (económico) de uma empresa Portuguesa e de um trabalhador português. Merece em particular uma leitura o artigo de Miguel Sousa Tavares que acredito ser um grande texto do ponto de vista da análise ética e comportamental.

E por falar em análise comportamental e ética, o que dizer do caso dos candidatos a Magistrados a fazerem “copianço” colectivo? E depois iam ter 10???

Nuno Crato dixit… sobre Educação!

“é preciso um ministro que tenha a coragem de chegar e dizer: Gabinete de Avaliação Educativa está encerrada!” (4:33)
“O Ministério da Educação não deve fazer programas…”
“…desencadeou-se uma guerra com que ninguém lucra. [o que é preciso não é vergar os professores"], o que é preciso fazer é corrigir os erros que durante décadas foram cometidos pelo Ministério da Educação, pelo Ministério dirigista que temos tido”… (9:20)
“Governo teve coragem de afrontar os professores. Mas não teve coragem de implementar um exame de admissão na profissão, que prometeu. Espero que o faça. Um exame de entrada na profissão para os professores é uma medida simples e decisiva” (12:45)
“Acabar com o Ministério da Educação e constituir um Ministério pela Educação” (13:30) “Acabar com o ME que tenha a Educação como a sua pertença. E deve haver ME que tenha a Educação como seu objectivo, mais ligeiro, com mais liberdade para as Escolas e não aborreça os professores com coisas secundárias que faça apenas o que um ME em Portugal há muito não tem coragem de fazer: traçar metas e avaliar os Resultados. É só isso que nós precisamos…” (15:00)




Pois bem... Sr Ministro... e agora?
Temos 4 anos para medir a sua capacidade de concretização e de manter a coerência... Pelos critérios de sucesso apontados no post anterior (implementar e executar as políticas apresentadas no Programa do Governo)...

Promete….

2011-06-21

Finanças, Economia e Saúde…

Um Ministro é o responsável pela implementação do programa de Governo, na sua área de atuação. Logo, para ter condições de sucesso (o sucesso é o grau de implementação da política definida, votada na AR que por sua vez eleita pelo Soberano, o Povo e, logo, a política de cada área tem uma certa dose de legitimidade), são fatores importantes;
  • alinhamento com programa global do Governo
  • alinhamento com programa sectorial do Governo que lhe cabe
  • conhecimento da sua área de atuação
  • capacidade de mobilizar agentes e parceiros do sector para as suas políticas
  • capacidade de negociação política, dentro e fora dos partidos que apoiam na AR o Governo de que faz parte o dito Ministro
  • capacidade de liderança da equipa próxima (Secretário de Estado, assessores e consultores, etc.) mas também de equipa mais lata (colaboradores e funcionários do Ministério respectivo), bem como dos agentes do sector e dos cidadãos co-envolvidos direta ou indiretamente
  • capacidade de comunicação para transmitir aos cidadãos e aos stakeholders diretos e indiretos as suas ideias e explicar as suas medidas, de modo a ter o seu aval renovado
  • Experiência profissional relevante, de preferência na área, pelo menos em parte (critério que não parece ser obrigatório).
A esta luz, analisaremos este Governo e alguns Ministros… Neste post: Finanças, Economia e Saúde.

Um CV que promete, o do primo do Francisco Louçã… Aliás, até Vitor Bento e outros, como Medina Carreira, apostam em e elogiam Vitor Gaspar, o novo Ministro das Finanças… que para já tem na área dos medicamentos uma frente de combate séria (40% de fraude), além de empresas públicas falidas mas salários de gestores públicos aumentaram 35% nos últimos 3 anos... Serão oportunidades para quem lia Marx aos 18 mas é intitulado de “falcão liberal” aos 50?

Na saúde teremos alguém que já deu provas de eficácia em cortes de fugas e captação de receitas… no Ministério das Finanças… Paulo Macedo. Num sector que presta bons serviços, genericamente, mas cujos desperdícios são comuns, este perfil de gestor duro e conhecedor (Administrador da Medis…) parece indicado, apesar do risco de vir do maior player privado do sector…

Já na Economia não parece que possamos ser tão optimistas… Não pela competência, inteligência ou simpatia do Ministro… Mas por uma questão de desalinhamento. Há apenas um mês, o novo Ministro mostrou não estar alinhado com programa do Governo. O PSD defende baixar a TSU até 4%, e gradualmente (Portas nem sequer 4% defende, achando exagerado), já a ideia do novo ministro é radicalmente diferente: descida de 10 a 15% da Taxa Social Única, como política de  choque e animação imediata, com foco no emprego, mesmo que isso prejudique ainda mais as contas públicas… Este simples desalinhamento já torna esta escolha de enorme risco: ela marca uma completa diferença na abordagem ao crescimento económico e aos instrumentos de animação da atividade e do emprego. Logo, temos divergências de fundo, não apenas de forma. Ora a nova pasta da Economia é responsável: por animar economia e o tecido empresarial, pelo emprego, pelos sub-sectores Indústria, Comércio, Turismo, Serviços, Transportes, Energia e Telecomunicaçöes, além da gestão do QREN e outros incentivos públicos e pelas obras públicas... Seria uma tarefa hercúlea, senão descabida, para um político experiente. Agora imagine-se para alguém que está fora há vários anos, não conhece o nosso tecido empresarial de modo direto (conhece-o, e bem do ponto de vista académico mas não parece conhecê-lo “no terreno”), vive no Canadá, é académico e não conhece meandros da política (agora, fundamental para ter apoio na AR, mas também para negociar com autarquias os incentivos; mas também desconhece “máquina” do funcionalismo e mecanismos dos incentivos… e também desconhece, penso, empresários, sindicalistas, associações empresariais… Tinha tudo para ser um grande consultor, não se lhe conhecem as competências políticas (e este é um cargo político, ou seja, de decisões que devem ser fundamentadas, mas são políticas) nem as de gestão, para ser Ministro, pelo menos nesta fase da sua vida… Espero enganar-me...

2011-06-17

Professor Ernâni Rodrigues Lopes

Sessão de Homenagem, Universidade Católica, Lisboa. 16 Junho 2011.

ERL

Um humanista cristão no sentido mais profundo, pela palavra e pela ação (Roberto Carneiro).

Um economista que pensava o pais sem nunca esquecer o homem. (Jacinto Nunes)

O seu maior legado é o de um integro e sério que dizia de modo claro o que entendia por bem comum, e que por ele lutava sempre com uma noção de serviço e de missão. (Rui Machete).

Alguém que era um exemplo e queria sempre saber de onde vimos e para onde vamos. Não aceitava nada, nem sequer a integração europeia apenas “porque sim” ou porque “tinha de ser”.

Para ele não podíamos esquecer de onde vimos (o Atlantismo e a Lusofonia -  quando relação com África era tão fraca) e para onde queríamos ir:

- Lembrava-nos sempre a questão: queremos que a a fronteira ocidental seja Gibraltar ou Vilar Formoso? 

- Para além de dimensão económica, qual nossa relação com Espanha não como inimigo mas como futuro concorrente-parceiro num novo contexto histórico, alargado?

- Qual o nosso papel na relação com a Europa e as demais potências Europeias? Que vamos trazer ao processo Europeu? Que temos para contribuir e acrescer?

- Olhar sempre a adesão como motor da mudança e que abra portas a um novo entendimento do nosso desenvolvimento.

Muitos pensavam um pouco assim. Mas poucos pensavam assim,  de modo tão estratégico e articulado, olhando sempre para a frente, antecipando as questões, de modo prospectivo. Muitos menos, ainda, eram capazes de agir de modo coerente com essa visão, e fazê-lo de modo sempre enérgico. Nos 2 anos como Ministro das Finanças, do Planeamento e dos Assuntos Europeus (um super ministério de dimensões que nunca mais de repetiu):

- negociou e assinou adesão Europeia (uma das maiores tarefas da nossa história)

- negociou e geriu acordo FMI

- mas, enquanto fez o necessário, foi capaz de construir a concertação social porque nunca se esquecia dos Homens e não só dos números. E porque sabia que a tarefa era gigantesca, e teria de ser a nação, como um todo, a levá-la a cabo! E que este instrumento de diálogo dos portugueses, entre si, era fundamental e seria uma grande mais valia para o futuro. 

Hoje, ficaria perplexo ao ver como desperdiçamos a adesão. Mas seria o primeiro a acreditar que daríamos a volta. E que defendia sempre que o mar era mais do a espuma das ondas (José Amaral, chefe gabinete).

Além das 4 áreas/clusters fundamentais para desenvolvimento de Portugal - turismo, ambiente, cidades e serviços de valor acrescentado –, ERL somou um quinto, o Mar, ou os Oceanos, como sempre dizia. O hipercluster do mar, dizia, é o que está mais atrasado,mas é o único com dimensão identitária. Nele se joga nosso futuro e o que somos. Perdendo-o, não teremos futuro enquanto nação com um sentido. Nós só seremos nós quando formos além de nós (Almirante Vieira Matias).

Gostava de ensinar, e irradiava energia, simpatia, mas também rigor e exigência. era querido da e na Universidade. E a Católica, onde se doutorou, era a sua Universidade. Nela criou e dirigiu o Centro de Estudos Europeus para formar especialistas em assuntos europeus, para instituições europeias e nacionais. A maior lição, porém, foi a da sua vida. Exemplo de fé, sabedoria, firmeza e bondade. porque acima de tudo era um Homem Bom, era um Português Bom. (Manuel Braga da Cruz)

2011-06-09

Droga…

Personalidades mundiais admitem falhanço da política anti-droga. E pedem agora a legalização para combater o tráfico. Há anos, em 2001, apresentei um projecto, na Universidade de Oxford, mostrando porque é que a estatização em diversos países era a única solução viável para uma questão em que a ilegalização cria tais margens de lucro que haveria sempre gente voluntária para o tráfico, por pesadas e eficazes que fossem as penalizações (e não são) e por alto que fossem os riscos…  Voltaremos ao tema...

2011-06-05

Pois é… igualmente genial :-)

precisa se

Genial... Genial... é isto!

MAfalda e eleicoes

Previsões Moscardo de novo… “na Mosca” :-)

Além das previsões aqui deixadas a 12 de Abril que refletiam apostas feitas com amigos do PS (“abaixo dos 30%) e do PSD (“não chegarão à maioria, duvido que cheguem aos 40%”), o Moscardo deixou outras previsões pela internet. A  20 de Maio, num comentário a um amigo, no Facebook:

“PSD vai ganhar eleições.

O PSD falhou na "associação" de 12 de 15 anos PS ao estado da Nação (algo que era óbvio tinha de ser mensagem central) e Sócrates demonstrou que realmente só Portas tem um domínio de comunicação equiparável. Porém, no final, muitos dos potenciais votantes CDS-PP - inclusive votantes regulares PSD que dizem ir votar Portas à data de hoje, perante sondagens muito equilibradas, "voltarão" ao PSD na hora de colocar cruz, não por partidarite, mas por temerem vitória de Sócrates.

O CDS, apesar dessa transferência de ultima hora lhe retirar votos, penso que acabará ainda assim em redor dos 11 a 13%... Portas está a demonstrar uma cada vez mais apurada capacidade de gestão da comunicação e atua de modo brilhante, sendo ora popular ora Estadista, e com a calma de quem tem a quase-certeza de ir para o Governo e de ter conquistado para o CDS-PP o papel que era o o do Partido Liberal Alemão (FDP) durante décadas: sem ele não havia governo e ainda podiam escolher, a cada momento, quem era o primeiro ministro!

O Efeito simétrico - votantes tendencialmente BE e, residualissimamente, votantes CDU - que preferem votar PS a ter PSD e as suas politicas "ultra-liberais" :-) - já está reflectido nas sondagens. Acredito até que PCP terá 8%, mas também que BE vai realmente cair.

Quanto ao PSD perdeu de facto uma oportunidade de ter uma maioria. Em parte por inépcia e má gestão da comunicação, em parte por ter PPC preferido uma postura de verdade em relação às suas ideias pessoais... Penso que acabara onde as sondagens dizem, em redor dos 36 a 39%.

O PS penso que andará por onde dizem as sondagens mais baixas, pelos 31 a 35%. Se PSD for brilhantes nestes 15 dias, o PS poderia ser mesmo associado à crise e então a coisa voltava a minhas previsões iniciais, de há 2 meses: PS abaixo dos 30%.

Mas, sendo sincero, acho que pouco importa... a classe política atual mostra ser de muito fraca qualidade, intelectual e, sobretudo, ética e estrategicamente... E o pais precisava era de outra coisa... Nós todos temos de meter a mão na consciência...”

Resultados e previsões…

Há dois meses, escrevia-se neste blog não só que o PS não iria chegar aos 30%, numa queda de quase 10% e numa derrota histórica do PS (o PS não descia abaixo dos 35% desde 1995). Nesse artigo previa-se também quais os sentimentos e raciocínios dos portugueses que não votam sempre no mesmo partido. Analisavam-se porquês e não inquéritos ou sondagens… Foi escrito antes das sondagens começarem a jorrar, e das suas oscilações… Porque os indecisos há muito estavam identificados: “não vou votar Sócrates… “ e hoje, como era de prever, muitos deles foram colocar uma cruzinha… E só por alguma inépcia do PSD e grande perícia de Portas não se deu a vitória por maioria absoluta de um só partido… Curioso o Tarot sobre o assunto Sorriso

2011-06-03

Bons exemplos…

…de Durão e da sua Comissão… dão exemplos de Boas Práticas (na UE sempre se adoraram manuais de Boas Práticas…)

António Arnaut e o Prof. Doutor Arnaldo de Pinho dia 8 Junho

O advogado e ex ministro António Arnaut e o Prof. Doutor Arnaldo de Pinho,
Director do Centro de Estudos do Pensamento Português da Universidade
Católica do Porto, são os convidados do Forum Portucalense para o debate,
integrado no ciclo de conferências: "Portugal - Que destino?", que vai ter
lugar no próximo dia 8 de junho, às 18H30,no Palacete Viscondes de
Balsemão, situado na Praça Carlos Alberto, no Porto.
A entrada é livre.

No final do debate haverá um jantar, às 20H30, no Hotel Infante de
Sagres, sujeito a marcação, pelo valor de 30€. As inscrições para
este jantar estão abertas sendo, pois, limitado o seu número pelo que
seguiremos a cronologia das mesmas.
As inscrições podem ser feitas através do e-mail geral@forumportucalense.pt, telemóvel: 910523889 ou no site da Internet.