2011-12-20

Na baixa do Porto...

Gastrobares é um grande conceito, um neologismo alucinado ou... apenas uma moda? Time will tell... Aqui são mencionados o Max e o Book... Mas o Wilson ou o Trasca não são de esquecer...

2011-12-18

Positivas: mais uma edição desta rubrica :-)

Histórias que vale a pena ler... num Livro fortemente recomendado :-)


Turismo em alta? ... no Boas Notícias: um webjornal a q vale a pena estar atento :-)


E nas energias eólicas? Turbinas no mar? Um velho projecto... será possível? Portugal na vanguarda... E com empresas inovadoras e abertas ao mundo: Megajoule...

O convite à emigração

É verdade que Portugal foi maior quando "partiu". É verdade que, só no último século, por duas vezes resolvemos as nossas dificuldades internas com emigração (nos anos 20, com destino sobretudo ao Brasil; nos anos 60 e 70, com destinos variados, sobretudo Europeus, com França, Alemanha, Luxemburgo e Suiça à cabeça). 


É verdade que, só nos últimos três meses, e só para o Brasil, partiram quase 50 mil portugueses. É verdade que muitos portugueses, qualificados e não qualificados, perante as expectativas negras em termos de emprego e de negócios, estão a emigrar. 


Mas que o Governo, já não apenas através de Ministros mas até pela voz do Primeiro Ministro, proponha aos seus cidadãos que vivem no país que Governa -- porque se candidatou a assumir essa responsabilidade - que emigrem, é algo que merece séria reflexão. 


Este "convite" marca o fim da política. Esta sugestão, na voz de um líder do Governo, significa que Passos Coelho e o Governo que dirige assumem publicamente a sua incapacidade de propor soluções, e a sua descrença no país. Se Passos ‘convida’ professores desempregados a emigrar, então deveria demitir-se... 


Nenhum país, nenhuma nação, nenhuma população aceita sacrifícios sem horizonte de esperança. E é isso que Passos Coelho assume não existir... apagou de vez a "luz ao fim do tunel", mesmo quando, um pouco "à Sócrates" já vaticina crescimento em 2013 e já promete queda de impostos em 2015 


Ora:um Primeiro Ministro que, há dias, admitia que nenhum esforço adiantaria se situação Europeia não evoluir favoravelmente - algo em que tem razão - sabe também que estas profecias positivas são mera demagogia... Pior: os Portugueses já o compreenderam, e não se "animam" perantes estas declrações, pois ouvem promessas de "fim da crise" de governantes há 3 anos de modo contínuo... E no dia seguinte novos pedidos de austeridade e manifestações de dúvida..


Falta em definitivo um caminho...


PS: até Marcelo afirma "Portugueses não querem primeiro-ministro que lhe diga "emigrem para o estrangeiro"

2011-12-17

Quem...

Infelizmente parece que anda demasiada gente com valores e prioridades trocadas...

Finalmente leio ou escuto um órgão de comunicação social que faz a pergunta certa... aquela que se centra nas PESSOAS... nos seres humanos... Só pelo título, vale a pena ler: Quem mora no bairro do Aleixo?

Sobre desorientação e desgoverno, digna dos ditados populares...:
- pelo vistos quem não berra não mama ou, traduzido noutros termos, o Estado não é pessoa de bem e não paga, mas se fizermos barulho... e as televisões estiverem lá... ele paga! (ou bem que havia dinheiro e se pagava, como devido, ou bem que nã havia e então infelizmente a choradeira não devia ter resultados... agora andar a reboque de manifestações .... é dar ainda mais poder às televisões...) - não se contesta pagamento, que é devido, mas lamenta-se o modo e momento em que ele é conseguido...
- outro ditado aplicável é o famoso "contar com o ovo no cu da galinha"... não devemos presumir pelo "outro"... são pessoas, e pessoas com livre arbítrio, felizmente.

Já agora, e por falar em PESSOA: o prémio com o nome do poeta não poderia ser mais bem atribuído. Eduardo Lourenço é um dos nossos maiores pensadores. Falta agora Adriano Moreira... Nota: logicamente, esta notícia é sobre pessoas com prioridades, ideias e valores "em ordem"

2011-12-14

Portugal...

Portugal é o terceiro país da Zona Euro mais pobre

Um país sem esperança??

Li num comentário facebook: “A recondução da administração socialista do Hospital de Viana do Castelo é uma bofetada do governo no PSD de Viana e no bom resultado que obeteve nas Legislativas. É inqualificável a decisão do burocrata Paulo Macedo.”…

Pasmado, chocado, até por ser escrito por uma jovem, comentei: “não conheço a história ou o trabalho da Administração desse Hospital... Mas julgar a ação do governo por não nomear alguém do "partido" e sim em função da competência na gestão (neste caso hospitalar) representa defender o que de pior há na partidocracia e a defesa de uma das maiores causas de atraso do país...”

Mais pasmado fiquei quando, além dos 6 “likes”, recebo em poucos minutos a seguinte resposta, de uma outra pessoa: “Concordo (com a primeira afirmação). As politicas dos governos são para executar por pessoas identificadas e solidárias com elas. Desde que competentes como é óbvio e não apenas pelo cartão partidário “

Ainda deixei uma nota… “Se me disserem em que varia a gestão de um Hospital em função de pertença a dois partidos com a mesma matriz ideológica... E relembro que falamos de um sistema político-partidário que não tem o conceito de "Administração" que tem, por exemplo, o sistema nos EUA...”

Aguardo mais respostas… mas num resumo rápido: para estes jovens, uma administração hospitalar – que tem um trabalho de gestão - deve ser nomeada claramente por “identificação e solidariedade com as políticas dos governos”… Ora, que eu saiba, a competência mede-se de modo diverso, sobretudo em gestão: conhecendo-se o ponto de partido e definidos objectivos, mensuráveis, e dado um prazo e estabelecidos os meios disponíveis (humanos, financeiros e materiais), só tem que findo o prazo aferir-se o cumprimento dos objectivos… Este “favorecimento” partidário é uma das maiores causas de atraso do país, causador de ineficiência, desvios, corrupção, compadrio, decisões não baseadas em critérios de racionalidade económica, laxismo, … Defendê-lo, como sistema, desta forma (seja laranja, rosa, ou de outra cor), chega a ser chocante e, sobretudo, deixa uma sensação de pouca esperança para o país…

2011-12-11

Porto: mais uma menção para melhor cidade do mundo 2012!

Design Awards 2012 | Wallpaper

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diz Adriano Moreira...

Se escrevesse em inglês, Adriano Moreira seria um dos mais reputados especialistas mundiais em relações internacionais... Escrevendo em Português, é "apenas" o maior pensador lusófono nestas matérias. E continua a produzir pensamento como poucos... Por isso, as suas entrevistas, os seus livros e artigos são leituras sempre obrigatórias para quem quiser compreender o mundo e sobre ele ter opinião fundamentada, sobretudo para os falantes do português...

Organizações regionais deveriam passar a integrar Conselho de Segurança, diz Adriano Moreira

2011-12-10

Nobel para todas as mulheres

Pela primeira vez, o prémio Nobel foi atribuído a três mulheres…
Foi acima de tudo um Nobel da Paz que elogia luta das mulheres e homenageia a Primavera Arabe. Não é por isso de estranhar que hoje, na entrega dos prémios, uma das laureadas, a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, e sua compatriota Leymah Roberta Gbowee, evocasseam os movimentos feministas da África e Ásia e lembrassem todas as mulheres que obtiveram antes o Nobel da Paz, com especial atenção à queniana Wangari Maathai - falecida neste ano - a primeira africana a obtê-lo, em 2004.
A Presidente da Libéria dedicou mesmo o Nobel a todas as mulheres… Enquanto a iemenita Tawakkol Karman, outra das galardoadas com oNobel da Paz 2011, lamentou não poder candidatar-se às presidenciaisprevistas para Fevereiro de 2012 no Iémen…

O drama: falta de liderança e de visão! Não basta “tentar”!

 

Este cartoon parece ilustrar na perfeição a semana transacta: ela demonstrou bem qual parece ser o mais grave problema da fase que vivemos, enquanto espécie: falta de rumo, falta de liderança, falta de visão, falta de visão e de consciência enquanto espécie…

Na União Europeia não houve acordo real. Não se ganhou capacidade para, por exemplo, “ter poder de fogo para reagir a cenário de colapso da Itália ou da Espanha” e, pelo contrário, criou-se claramente “cenário de Europa a duas velocidades”, havendo claro risco de isolamento do Reino Unido – o que tem sido “normal” desde 1973 (ano de adesão) mas agora de modo mais profundo do que nunca… pois foi único a ficar de fora do acordo, o que muito enfraquece o acordo, porém…

Mesmo internamente há críticas, e parceiro do Governo, o Partido Liberal, já veio demonstrar seu desagrado e preocupação com este cenário de isolamento… Claro que a posição alemã, que de algum modo impõe e submete os demais, forçando um pouco este isolamento, pode ser vista como a génese do problema… E. como muito bem aponta Vasco Pulido Valente, aceitar o acordo e a gestão da UE como tem sido feita, era pedir ao Reino Unido para se negar, pois nega o parlamentarismo, base da democracia britânica e Europeia… Mas o facto, visto de uma ou de outra forma, é que a Europa não respondeu, não foi capaz de gerar acordo, e está “no pântano” há longos anos, mais fraca que nunca, como nos diz Teresa de Sousa, e vista como fragmentada, dentro e fora do seu espaço…

Em Durban a Conferência da ONU sobre clima revelou que, à escala planetária, o cenário não se mostrou diferença: falta consciência da espécie enquanto tal, e isso pode ter custos demasiado caros… O acordo atingido não foi atingido, foi adiado, para salvar a face, e é improvável… Não morreu o processo parece ter sido única mensagem positiva de Durban, e mesmo isso já “obtido à beira do desastre das negociações”, e para não mostrar uma imagem de negociadores a “sair com uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma”… Não por acaso a Greenpeace considera cimeira um fracasso diz que governos deveriam ter vergonha

E elas ainda crescem...

Exportações crescem 15,2 e importações caem 0,8
 
Calçado: já vendemos mais do que compramos, aos Italianos..
 
Mas o desemprego também cresce, e muito... no sector privado, apenas? A verdade é que, por exemplo no caso da Parque Expo, estamos perante empregos da orla pública… Mas o mais grave é tratarem-se de empregos altamente qualificados, de um know how criado e mantido durante anos em Portugal e que foi vendido a diversos outros países: a equipa da Parque Expo é uma das referências mundiais na área do saber sobre regeneração urbana! O que não é rentável é a gestão dos equipamentos da zona da antiga Expo, e esses podem ser alienados.  Mas fechar esta empresa é pedir que um outro país, uma outra economia, através de uma qualquer consultora, adquira a custo zero um valiosíssimo ativo que Portugal demorou anos e muito investimento a adquirir: um know how precioso e valorizado a nível internacional!!
Não tentar sequer alienar a empresa, e sim fechá-la, criando apenas desemprego de gente qualificada (na maior parte dos casos será por pouco tempo) é ter vistas muito curtas, de quem olha para contas da empresa e não compreende o que penaliza o seu balanço (a gestão de equipamentos) e, sobretudo, não consegue ver para além dos números globais – e por isso não compreende o factor “conhecimento” e o seu potencial… A isto chama-se falta de visão estratégica! 
 
E também cresce a nossa dívida externa… veja aqui porquê…