Não vem no Jornal do Incrível, mas sim no Económico com o título "Suíços rejeitam mais férias em referendo... e por praticamente 2 terços!!
O próprio método de escolha (referendo, instrumento de democracia popular e não meramente representativa) e o resultado "anti-populista" e "anti-facilitismo" mostram bem o estado de maturidade democrática do país. A notícia, que não vem no Jornal do Incrível - vem no Económico e em mais alguns jornais "de referência" - o resultado levanta uma questão: será que a ética, enquanto cultura de responsabilidade, cria riqueza e valor?
Creio que só na Suiça, Áustria, países nórdicos, Canadá e Nova Zelândia seria possível um resultado destes... Por acaso, (por puro acaso??), são países que estão entre os mais desenvolvidos do mundo - em termos materiais...
Nota: desenvolvimento não é só riqueza média por pessoa (PIB per capita) mas também a forma como a riqueza é distribuída (menor exclusão económica e social), e dimensões como acesso a saúde, educação, condições de trabalho, liberdade individual e associativa, etc... As Nações Unidas têm um indicador sintético que de algum modo permite visualizar esse Desenvolvimento (aqui e no site oficial do PNUD - Relatório de Desenvolvimento Humano).
Será que tem estes níveis de desenvolvimento têm alguma relação com o poder da sociedade civil e com uma educação baseada na responsabilidade, na ideia de que a cada direito corresponde um dever e na diferenciação entre liberdade e libertinagem... Será?
Pelo sim pelo não destacamos um comentário ao resultado de Hans-Ulrich Berger, director da União Suíça e Artes e Empresas, que representa cerca de 300 mil companhias, que é apresentado no corpo da notícia: "Ao rejeitar a iniciativa, os cidadãos mantiveram um sentido da realidade (...) O voto mostra claramente que a população continua a focar-se na liberdade individual e na responsabilidade dos cidadãos"... Será que isto tem alguma relação com o desenvolvimento destas sociedades?
Ou seja, e resumindo de novo: será que a ética cria valor e riqueza?
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