2011-12-14

Um país sem esperança??

Li num comentário facebook: “A recondução da administração socialista do Hospital de Viana do Castelo é uma bofetada do governo no PSD de Viana e no bom resultado que obeteve nas Legislativas. É inqualificável a decisão do burocrata Paulo Macedo.”…

Pasmado, chocado, até por ser escrito por uma jovem, comentei: “não conheço a história ou o trabalho da Administração desse Hospital... Mas julgar a ação do governo por não nomear alguém do "partido" e sim em função da competência na gestão (neste caso hospitalar) representa defender o que de pior há na partidocracia e a defesa de uma das maiores causas de atraso do país...”

Mais pasmado fiquei quando, além dos 6 “likes”, recebo em poucos minutos a seguinte resposta, de uma outra pessoa: “Concordo (com a primeira afirmação). As politicas dos governos são para executar por pessoas identificadas e solidárias com elas. Desde que competentes como é óbvio e não apenas pelo cartão partidário “

Ainda deixei uma nota… “Se me disserem em que varia a gestão de um Hospital em função de pertença a dois partidos com a mesma matriz ideológica... E relembro que falamos de um sistema político-partidário que não tem o conceito de "Administração" que tem, por exemplo, o sistema nos EUA...”

Aguardo mais respostas… mas num resumo rápido: para estes jovens, uma administração hospitalar – que tem um trabalho de gestão - deve ser nomeada claramente por “identificação e solidariedade com as políticas dos governos”… Ora, que eu saiba, a competência mede-se de modo diverso, sobretudo em gestão: conhecendo-se o ponto de partido e definidos objectivos, mensuráveis, e dado um prazo e estabelecidos os meios disponíveis (humanos, financeiros e materiais), só tem que findo o prazo aferir-se o cumprimento dos objectivos… Este “favorecimento” partidário é uma das maiores causas de atraso do país, causador de ineficiência, desvios, corrupção, compadrio, decisões não baseadas em critérios de racionalidade económica, laxismo, … Defendê-lo, como sistema, desta forma (seja laranja, rosa, ou de outra cor), chega a ser chocante e, sobretudo, deixa uma sensação de pouca esperança para o país…

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