Portugal à beira da irrelevância e talvez do desaparecimento: é negro o diagnóstico de António Barreto... A leitura é obrigatória, obviamente...
Melo Antunes homenageado. Eanes, Soares e Sampaio presentes, mas Cavaco ausente, o que gerou contestação e o Presidente foi mesmo desmentido face à sua ausência... O país não serena, toda a classe dirigente anda agitada, com querelas permanentes, e tal como a população e os media anda a discutir e a entreter-se com o que, com o devido respeito, são questões não essenciais nesta altura, estando por isso Portugal pouco focado no essencial: a dramática situação conjuntural, a falta de estratégia e de perspectivas a médio e longo prazo...
E isto no meio de uma crise sem precedentes desde 1974, e não apenas económica: com a Presidência da República, que deveria ser o garante das instituições, com piores índices de popularidade - e de credibilidade - desde 1976; com idêntica ou ainda maior gravidade a desconfiança dos Portugueses face ao governo (nem direito a estado de graça teve!), e, em particular , do seu primeiro ministro (envolvido directa ou indirectamente em sucessivos casos que colocam em causa a sua seriedade - Universidade Independente, Freeport, TVI, Sucatas...), situação agravada pela letargia autofágica do PSD, incapaz de surgir como alternativa e, sobretudo, pelo descrédito do sistema de justiça que, com os últimos desenvolvimentos, surge agora aos olhos de boa parte dos Portugueses não só como demorada e ineficaz, mas também como pouco credível, incapaz de ser área de reserva e seriedade e vista até como impotente...
Em suma: instituições, sistema político-partidário, sistema judicial e sistema económico e financeiro em profunda crise (BPN, BPP,...), não são a marca do melhor período que o país possa atravessar... E há avisos à navegação muito sérios para que devíamos olhar... E maus exemplos que não deveríamos ver copiados
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