O mundo parece doido… Em Portugal, na Líbia, no Egipto, no Magreb, no Japão…
As razões de ser deste blog são a ética, a cidadania e a política. Nos sentido e termos que são claramente definidos na sua declaração de princípios.
Acreditamos que o que se passa, hoje, de essencialmente negativo, em Portugal e no mundo, tem relação direta com ética e com visão (ou a falta delas).
Comecemos por Portugal, pela parte da política e economia (depois faremos breve incursão pela parte desportiva…). O comportamento de Sócrates pode ter várias interpretações. Vemos três possíveis e plausíveis.
1. Se o que aconteceu há duas semanas, com o anúncio de última hora de um “PEC 4”, foi fruto da pressão internacional, e não visou, de facto, melindrar Cavaco Silva (e o PSD), então Sócrates tinha tido duas escolhas: ou a que teve ou a de pedir desculpa ao Presidente e ao PSD; que o tinha apoiado anteriormente, reconhecendo o erro. Ora, se a não comunicação não foi intencional, e Sócrates dramatizou até à demissão, não pedindo desculpa nem reconhecendo o erro, ele terá mostrado, apenas, ser um sujeito incapaz de ser humilde o suficiente para emendar a mão, como muitos acusam, há muito. E, claro, piorou a situação do país, com tal atitude. Em suma, e se este foi o cenário real, Sócrates mostrou ser incapaz de ser líder porque incapaz de dar exemplo e seguir elevados padrões morais.
A outra hipótese que resta é o da não comunicação ter sido intencional… Neste cenário temos duas hipóteses principais (2) e (3)…
2. Sócrates entendeu que era inevitável o pedido de ajuda externa, e como disse que não governaria com FMI, e que não faria o pedido, porque garantia que não era necessário, encenou, e comportou-se de modo a obrigar Cavaco e Passos Coelho a sentirem-se “traídos” e a não poderem deixar espaço para negociação, forçando o processo a que assistimos, e a queda do governo. O país pede ajuda, mas Sócrates não só surge como “sendo obrigado a ped-la”, pela oposição, como não terá de governar com o FMI, a menos que Portugueses lho peçam, votando nele nas eleições. Pode ser uma encenação que lhe salve a face, mas é má para Portugal: será duríssimo o que aí vem. E o tempo, energia e recursos perdidos aumentarão a factura a pagar, por todos nós.
3. Sócrates não informou pois entendeu que seria este momento, de ainda alguma impreparação do PSD, o melhor para tentar prolongar o seu poder. E, portanto, decidiu criar condições de ruptura que forçassem PSD a retirar apoio e provocar demissão. Más contas: dificilmente conseguirá voltar a ter 97 deputados, ou sequer mais deputados que o PSD, apesar de este não se coligar com CDS-PP, o que lhe garantiria maioria absoluta… (outras más contas…)
Infelzimente, como veremos num outro post, as opções de Passos Coelho e Cavaco também não são necessariamente as que mais protegem os interesses do país…
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