Afinal, e talvez com alguma surpresa, ainda há esperança… E há lideranças Europeias que afinal ainda revelam visão e compreendem que numa união económica e monetária, mesmo que “em curso” e “parcial” e “imperfeita”, o problema de um pode ser a ruina de todos… Sobretudo quando:
- num mundo em globalização contínua e acelerada, o peso da UE em termos da economia mundial e em termos do comércio mundial é decrescente há duas décadas e continuará a ser
- as tensões internas são grandes, com pressões étnicas, separatistas (Espanha, Bélgica, Reino Unido, Itália, Roménia,… e porque não na própria Alemanha…), xenófobas,… e crescente conflitualidade urbana…
- as tensões nas fronteiras do continente não são menores, seja no Magreb (a sul), seja nos Balcãs, seja na Turquia, seja em algumas das regiões ex-URSS) e com correntes migratórias sem controlo….
- o acesso a recurso primários (água potável, energia e bens alimentares) num quadro de elevados consumos per capita é escasso, e foi agravado pelo desmantelar ou excessivo subsidiar de parte do aparelho produtivo agrícola europeu (em nome da maior eficácia produtiva e do controlo de preços…)
A visão de Sarkozy pode ser meramente financeira, mas a verdade é que no século XXI, nenhum país ou pequeno núcleo de países Europeus, por si, pode enfrentar esse processo com sucesso… Mais do que nunca, ou a Europa se une e avança junta, ou os 2500 anos de história Europeia sem uma única geração poder afirmar estar livre da guerra, voltarão a ser a realidade, sobrepondo-se a um projeto que tem meros 60 anos, mas que precisa ser alimentado, sob pena de ser já nesta geração que voltemos a ter guerra neste continente para além dos conflitos dos balcãs…
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