As comemorações do 10 de junho ficaram marcadas por discursos que apontam no mesmo sentido que o moscardo vem defendendo como factores críticos - além de alterações profundas e radicas no sistema de justiça - para o desenvolvimento de Portugal:
- Ética na política
- A necessidade da força do Exemplo
António Barreto pediu bons exemplos á sociedade e, sobretudo, a classe dirigente, e apelou à força dos exemplos em detrimento do esvaziamento dos discursos (ver aqui link para discurso completo). Cavaco Silva criticou o desinteresse dos Portugueses pelo seu próprio futuro (link para o discurso na íntegra, no site da Presidência, aqui. Para o video do 10 de Junho no Second Life, aqui), apelando à Ética na Política e para uma estratégia de longo prazo, em detrimento do tacticismo político.
O Moscardo não se podia rever mais nestas afimrmações, e mantém que a "partidarite" instalada, com o peso dos partidos a sobrecarregar o Estado e a determinar um número de lugares cada vez maior na sociedade, esmaga o páis, sai-lhe caro e, especialmente, o asfixia pois estabelece mecanismos em que se promove a fidelidade e não a competência e adultera as próprias escolhas e comportamentos dos cidadãos na sua esfera pessoal e profissional, bem como das empresas, gerando por isso forte ineficiência e não promovendo nem a criatividade nem a inovação, antes o comportamento "do agrado de...".
Em funções públicas, não basta ser honesto, é preciso parecer. E se a generalidade dos cidadãos não confiam em sistemas como o das promoções profissionais - sobretudo em cargos públicos -, o dos concursos públicos ou o sistema de justiça, é o Estado de Direito que está em perigo, mas é também a esfera da economia que não tem condições para gerar riqueza e emprego, por não ter esímulos à diferenciação e ao investimento inovador e ao risco, antes sendo mais fácil e mais bem sucedido a aposta na "influência" e no "conhecimento. É romper este círculo vicioso que se impõe. Sem haver sociedades perfeitas - longe disso, é esse o exemplo que nos vem de países como as sociedades nórdicas, o Canadá, a Holanda, etc. e que são demonstrados pelos estudos que mostram que a variável que por si MAIS explica o desenvolvimento, ou a falta dele, é a existência de baixos níveis de corrupção e de elevados incentivos a comportamentos éticos, à criatividade e à inovação.
Sem comentários:
Enviar um comentário