Pela primeira vez em Portugal... gestores do sector bancários acusados pela Ministério Público.
Esta acusação do MP confirma que havia fogo por detrás do fumo... Ela aponta para a confirmação de toda a trama e história publicada do BCP [Leia-a aqui . Nota: não subcrevemos alguns modos e alguma da linguagem usados no post aqui "hiperligado /linkado" que, além disso, contém algumas imprecisões, mas foi o melhor descritivo de toda a história do BCP que encontramos...]...
Curiosidade, ou talvez não, eram estes os gestores ligados à defesa da moral cristã, à promoção de valores cristãos e que se dedicavam "à Obra" de Deus... ? Caminhos estranhos... os da moral. Aliás, parte do processo que gerou a mudança radical no BCP terá tido origem em desavenças ligadas com a questão da Opus Dei que controlava o BCP e, tal como admitido pelo próprio líder da opus Dei em Portugal, e cujos valores conservadores ditavam muitos dos comportamentos e das regras de gestão dos seus recursos humanos e da ligação aos clientes (como o mostraram o total de 16 funcionárias em mais de 2000 colaboradores; ou da censura face a divórcios por parte de funcionários..).
A "tomada de controle" do BCP por pessoas ligadas ao actual partido do Governo, não indicia que a situação tenha melhorado - avaliando do ponto de vista da independência dos poderes político e económico e do controle de entidades chaves da nossa economia por grupos de interesses ...
A Justiça, infelizmente, não tem dado mostras de produzir resultados. Ainda assim acreditamos que bastaria que fosse apurada a Verdade neste caso, e que a Justiça fosse feita de modo célere, para muito se fazer pelo Estado de Direito e pela Democracia Liberal em Portugal. Se o processo não produzir resultados, ou a demorar 6 anos ou mais, será mais um processo inútil, que servirá apenas o interesse dos meios de comunicação social e dos que beneficiam desse caos e desse Estado sem força e em que a Coisa Pública não é tratada com "transparência e ética".
A história da última década deste banco representa, de modo doloroso para o país, o modo como a classe dirigente tem, com o seu laxismo, ganância e despudor, colocado o Estado em causa, e minado o próprio regime democrático. Só uma actuação célere e transparente da Justiça pode restabelecer a crença dos Portugueses no seu Estado, nos seus órgãos de Governo, na sua classe dirigente e, até, no seu próprio país.
PS: e pelos vistos, JOe Berardo volta ter razão, ao exigir a devolução de prémos indevidos (27.Jun)
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