2009-06-25

Jardim Gonçalves e ex-Gestores BCP acusados...

Pela primeira vez em Portugal... gestores do sector bancários acusados pela Ministério Público.

Esta acusação do MP confirma que havia fogo por detrás do fumo... Ela aponta para a confirmação de toda a trama e história publicada do BCP [Leia-a aqui . Nota: não subcrevemos alguns modos e alguma da linguagem usados no post aqui "hiperligado /linkado" que, além disso, contém algumas imprecisões, mas foi o melhor descritivo de toda a história do BCP que encontramos...]...

Curiosidade, ou talvez não, eram estes os gestores ligados à defesa da moral cristã, à promoção de valores cristãos e que se
dedicavam "à Obra" de Deus... ? Caminhos estranhos... os da moral. Aliás, parte do processo que gerou a mudança radical no BCP terá tido origem em desavenças ligadas com a questão da Opus Dei que controlava o BCP e, tal como admitido pelo próprio líder da opus Dei em Portugal, e cujos valores conservadores ditavam muitos dos comportamentos e das regras de gestão dos seus recursos humanos e da ligação aos clientes (como o mostraram o total de 16 funcionárias em mais de 2000 colaboradores; ou da censura face a divórcios por parte de funcionários..).

A "tomada de controle" do BCP por pessoas ligadas ao actual partido do Governo, não indicia que a situação tenha melhorado - avaliando do ponto de vista da independência dos poderes político e económico e do controle de entidades chaves da nossa economia por grupos de interesses ...

A Justiça, infelizmente, não tem dado mostras de produzir resultados. Ainda assim acreditamos que bastaria que fosse apurada a Verdade neste caso, e que a Justiça fosse feita de modo célere, para muito se fazer pelo Estado de Direito e pela Democracia Liberal em Portugal. Se o processo não produzir resultados, ou a demorar 6 anos ou mais, será mais um processo inútil, que servirá apenas o interesse dos meios de comunicação social e dos que beneficiam desse caos e desse Estado sem força e em que a Coisa Pública não é tratada com "transparência e ética".


A história da última década deste banco representa, de modo doloroso para o país, o modo como a classe dirigente tem, com o seu laxismo, ganância e despudor, colocado o Estado em causa, e minado o próprio regime democrático. Só uma actuação célere e transparente da Justiça pode restabelecer a crença dos Portugueses no seu Estado, nos seus órgãos de Governo, na sua classe dirigente e, até, no seu próprio país.

PS: e pelos vistos, JOe Berardo volta ter razão, ao exigir a devolução de prémos indevidos (27.Jun)

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