2009-09-22

Todos à(s) escuta(s)?

Este um caso que não compreendo... confesso...
Não percebo se há ou não escutas, e de quem eram os interesses por detrás de cada uma das milhares de notícias dedicadas a este tema... espero vir a compreendê-los... Creio que ficaria conhecer melhor o país em que vivemos.
Mas há algum raciocínio linear a fazer
1. Há ou havia escutas? Há ou houve suspeitas do Presidente da República da sua existência?
2. Se há escutas, trata-se de um caso de Estado e que deve ter consequências, criminais e políticas, severas, sobre os seus actores e sobre os responsáveis políticos (eventualmente com queda de todo o Governo, e impossibiidade de Sócrates voltar a ser PM)
3. Se não há escutas, e se o Presidente não suspeita que hajam então, a partir do momento em que há suspeitas lançadas no jornal, Cavaco Silva tinha de as negar, pessoalmente, sob pena de uma clara transgressão da solidariedade institucional
4. Aparentemente, ao demitir Fernando Lima, após 24 anos de colaboração, Cavaco dá sinal e confirma, de algum modo, que teria sido ele a lançar para os jornais notícias que não eram verdadeiras, ou que eram para ser tratadas noutro âmbito (PR-PM?) que não o da comunicação social...
Só uma pessoa pode dar estas respostas ao país, com legitimidade: Cavaco Silva. O seu silêncio não se compreende perante um caso de Estado e, para mais, em período eleitoral. Para mais, neste momento, creio que só o PSD perde com tal silêncio, ao contrário do que dizem Balsemão e MFL. Como dizia Marcelo, esta história não é benéfica... Fragilizando o Presidente numa altura em que país bem precisará dele logo após eleições...

Sem comentários: