2009-09-24

As campanhas... previsíveis...

Parece que as máquinas partidárias compreenderam onde poderão ainda estar os últimos indecisos por si "convertíveis" e, por isso, apostam naquilo que há já mais de uma semana se diria ter de ser o caminho natural, mas sem debater ideias de fundo, como até o El Pais reconhece...:
  • PS: o "papão" de ter uma "primeira ministro retrógrada" (para os "moderados", indecisos entre abstenção, nulo, branco, PSD, MEP, MMS ou... PS), somando ao perigo de ser "de direita", o que justifica "voto útil" (para os que para além as opções abstenção ou branco/nulo, ponderassem PS ou BE ou CDU... incluindo todos os milhares de Alegristas/ala esquerda do PS e dissidentes de partidos de esquerda), e usando ainda a questão da "governabilidade" para reforçar pedido de algo como "vantagem confortável"
  • PSD: papão "BE ou esquerdas ainda piores no governo", e perigo de "governamentalização do Estado" se tivermos mais PS (para os "moderados" citados acima), e "voto útil" para os que, estando no centro-direita, poderiam ponderar votar CDS ou até MEP e MMS, os novos partidos do centro e centro direita...
  • CDS-PP: votar "útil" à direita é votar CDS, para dar força a um governo PSD/CDS-PP, que obrigue PSD a deixar de ser hesitante e seguir em frente em matérias como segurança, agricultura, idosos, ex-combatentes, baixa de impostos e de custos de contratação (liberalização económica, genericamente), não esquecendo os valores e as IPSS, e outros temas apelativos a nichos muito bem identificados por aquela que parece ser, juntamente com a do BE, a campanha com melhor estratégia com vista aos fins a que se propõe (claramente são duas forças que optaram por alguns nichos, e focam em pontos chave, compreendendo que têm também oportunidade de captar votos fora desses nichos, tal o descontentamento com esta ou aquela área de governação, e a sensação de "déja vu" que PS e até PSD trazem...)
  • BE: o "papão" do PS sozinho gerar mais do mesmo, com tendências "direitistas" e que, portanto, a necessidade de reforçar BE para serem a força responsável por empurrar o PS, obrigando-o a mais políticas sociais (com base no Estado), maior controle de negócios "obscuros" e menos "negociatas", e não deixando o PS hesitar em termos de políticas de "costumes" (ainda que sendo "tolerantes" em termos de ter consciência que não estamos em época de nacionalizações, gratuitidade imediata do ensino e da saúde, e muito menos de sair da UE e... da NATO...)
  • CDU: os mesmos "papões" do BE, mas com ênfase menos "urbano" e menor "peso" da questão dos costumes, antes apostando nos políticos "genuínos" e verdadeiramente "trabalhadores"... E em ser um partido construtivo...

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