2009-09-11

Homenagens que merecem reflexão...

De Ovar (sobretudo sector da cortiça e outros sectores - ver video RTP), a Paços de Ferreira (sobretudo mobiliário e energias) ou à Região de Leiria (com incidência nos moldes, mas com empresários da construção civil, cerâmica, os ou dos plásticos), já vamos na terceira homenagem de empresário de diversos sectores e de diversas regiões a Manuel Pinho.

Também a AEP lamentou a sua saída: ""Lamentamos o que sucedeu", disse à Lusa o vice-presidente do conselho de administração da AEP Paulo Nunes de Almeida. O responsável salientou a "relação muito próxima" da associação com o ministro. "É um ministro com um papel importante. Uma pessoa que nos habituou a ouvir e a tentar resolver os problemas dos empresários portugueses", referiu."

Este coro de apoios, sobretudo gerado por associações empresariais e PMEs (Pequenas e Médias Empresas, as tais de que todos os partidos andam a falar!) estende-se até, imagine-se, a dirigentes do BE e a autarcas do PSD:
(...) com o apoio, sem preconceitos do "politicamente correcto", do presidente da câmara local [de Paços de Ferreira], o social-democrata Pedro Pinto. "Já passaram muitos governos e de muitas cores. Sentíamo-nos órfãos de uma estratégia, de uma atitude governamental que olhasse para o sector empresarial de Paços de Ferreira, que vai muito para além do mobiliário. E foi com Manuel Pinho que se conseguiu avançar. Ele fez a diferença", declarou Pedro Pinto (...) Foi disso que os empresários falaram: o sector o mobiliário português passou a ser um cluster estratégico da economia portuguesa e obteve apoio inadiável quando a crise ameaçava as pequenas e médias empresas, através da criação de um programa de apoio ao sector, que orça os 10 milhões de euros para os próximos dois anos. (...)".

Não é habitual. Por isso as homenagens a Manuel Pinho por empresários, e mesmo por autarcas do PSD, devem fazer-nos reflectir...
Numa altura eleitoral, aquilo que deveria estar a ser discutido era: que modelo de desenvolvimento para Portugal para as próximas décadas?

Será que Pinho traçou um rumo com sentido? Aparentemente, por debaixo da poeira e da futilidade noticiosa, esta a questão que deveria ser tratada. Importava debater as vantagens e as desvantagens do modelo que, a julgar pelos empresários envolvidos (e são já centenas, contando as 3 iniciativas), Manuel Pinho - e o governo PS - nos trouxeram e que Sócrates promete continuar.

P.S: e falando de energias renováveis, nomeadamente solar...

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